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Impacto da crise sobre petróleo ainda é incógnita, diz Petrobras.


Para Gabrielli, empresa irá atrair recursos mesmo em meio a turbulências.
Países emergentes garantirão aumento da demanda por petróleo, disse.

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo
Gabrielli falou em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Gabrielli falou em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta segunda-feira (8) que o rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos e a crise dos países da Europa poderá provocar uma maior pressão no preço do petróleo. Segundo ele, entretanto, dimensionar o impacto ainda é uma “incógnita”.
“Qual é que vai ser a reação relativa no médio prazo, em termos de demanda física de petróleo, não está claro. É difícil responder isso dois dias depois do downgrade dos Estados Unidos”, disse.
Para Gabrielli, ainda não está claro qual será o comportamento dos investidores que detêm títulos da dívida americana e como eles irão substituir esses investimentos. “Não está fácil achar triplos As (nota máxima dada pelas agências de avaliação de risco e antiga posição dos EUA) hoje no mundo”.

Para Gabrielli, a crise não irá afetar necessariamente a demanda mundial por petróleo. Ele lembrou que, nos últimos anos, a demanda dos países emergentes manteve o consumo mundial em crescimento, apesar dos problemas nos Estados Unidos, Europa e Japão.
O presidente da Petrobras destacou que já se observa no mercado um movimento de venda acentuada de ações. “Na história do mundo, quando isso acontece, aumenta a demanda do mercado futuro de commodities. Pode ser que isso aumente a pressão autista de preço de petróleo, não sei”, disse.
“O mundo mudou de rota. Então, o crescimento de demanda de petróleo foi o resultado do crescimento fora dos países avançados”, disse. “Se isso vai continuar ou não é uma incógnita”, ressaltou.
Para ele, a crise não irá afastar o interesse dos investidores pela Petrobras. “Acredito que temos possibilidade de atrair recursos mesmo em situações turbulentas”, disse.
Gabrielli garantiu também que a Petrobras manterá o seu plano de US$ 224,7 bilhões em investimentos para os próximos 5 anos. “Nesse momento, não tem nenhuma hipótese de rever”, disse. “Seria uma irresponsabilidade, não tem a menor possibilidade”, acrescentou.
O executico disse ainda que a A Petrobras poderá adiar a venda de participações que possui em empresas, devido ao momento ruim do mercado de ações. "Pode ser que tenhamos que modular no tempo de forma distinta ao que tínhamos pensado", admitiu Gabrielli sobre a venda de fatias que a petroleira possui em diversas empresas.
Segundo ele, o melhor para a empresa no momento é investir em seus projetos.
Preço da gasolina
Sobre o preço da gasolina no mercado interno, Gabrielli reafirmou eventual reajuste depende de “várias variáveis” e que a política da Petrobras permanece sendo a de monitoração dos preços internacionais. “Vai ter que ser aumentada algum dia, não estou dizendo quando”, afirmou.

Fonte: Portal G1, O Globo.com

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