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Terrorismo de 11/9 afetou o cinema e influenciou até Harry Potter.


Impacto dos atentados atingiu toda a cultura americana, diz professor.
Voldemort se tornou uma alusão a Bin Laden, defende revista dos EUA.

Do G1, em São Paulo
O ator Ralph Fiennes interpreta o Lorde Voldemort na franquia (Foto: AP)O ator Ralph Fiennes interpreta o Lorde Voldemort
na franquia "Harry Potter" (Foto: AP)
O vilão sombrio de uma série de filmes de fantasia pode ser um exemplo inusitado, mas os atentados do 11 de Setembro marcaram a mentalidade e cultura dos norte-americanos de forma tão profunda que até mesmo Voldemort, o inimigo do bruxo Harry Potter, pode ser interpretado como um símbolo do terrorismo.
A comparação apareceu recentemente na "Variety" uma das principais publicações de cinema do mundo, e mencionava o fato de Voldemort ter atormentado a vida de Harry Potter nos filmes por dez anos, de 2001 a 2011, mesmo tempo que Osama bin Laden assombrou os Estados Unidos com a ameaça de terrorismo.

"Os atentados terroristas do 11 de Setembro levaram a cultura política dos Estados Unidos a assimilarem a probabilidade de atos futuros de assassinatos em massa", explica Stephen Prince, professor de cinema da universidade Virginia Tech. Prince avaliou as obras da última década no livro “Firestorm: American Film in the Age of Terrorism” (Tempestade de fogo: filmes americanos na era do terrorismo), em que trata dos efeitos de atentados no cinema.A revista fazia um levantamento dos efeitos do terrorismo no cinema hollywoodiano. Além dos filmes que tratam especificamente de guerra e terrorismo, como o recente ganhador do Oscar "Guerra ao Terror", e de obras que retratam exatamente os atentados de 11 de Setembro, como "Voo 93", pesquisadores alegam que os efeitos vão mais longe. Seja em filmes de herois, como "Homem-Aranha" e "Homem de ferro", ou em fitas de cinema-catástrofe, como "Cloverfield" e "Guerra dos Mundos", a ideia do terrorismo está sempre presente.
Poesia
“Para quem viveu aquele dia, as marcas nunca vão se apagar. Desenvolvemos a capacidade de imaginar o horrível depois de 11/9, porque o horrível acontece”, disse o poeta Lawrence Joseph, em entrevista à Globo News.
Segundo ele, o que o 11 de setembro realmente significou para quem o viveu é algo que já foi esquecido, por causa da postura adotada pelo governo Bush: “Ninguém queria adicionar mais violência naquele momento, e em poucos dias já enveredávamos para um próximo estágio de violência, desencadeando o poder de guerra dos Estados Unidos”.
“Pensávamos que nunca iríamos esquecer, mas 10 anos depois, os acontecimentos estão se apagando da memória individual e se transformando em memória coletiva. Está sendo recontado, recriado”, explica o professor de Assistência Social Gregory Smithsimon.
Avalanche de livros
O décimo aniversário dos atentados do 11 de setembro vem sendo objeto de inúmeras publicações, com novos livros que interpretam as consequências do fatídico dia e reedições especiais de obras como "11 de setembro" de Noam Chomsky.
Um dos mais recentes lançamentos é "After the Fall: New Yorkers Remember September 11 and the Years that Followed" (Depois da queda: os nova-iorquinos recordam o 11 de setembro e os anos que se seguiram, numa tradução livre), que fala sobre as mudanças de Nova York depois dos atentados. A obra compila entrevistas com centenas de pessoas de diferentes bairros da cidade realizadas pelo Departamento de História Oral da Universidade de Colúmbia.
Outro lançamento é "The Eleventh Day: The Full Story of 9/11 and Osama bin Laden" (O décimo-primeiro dia: a história completa do 11 de setembro e Osama bin Laden), de Anthony Summers e Robbyn Swan Drawing, que a Ballantine Books promove como "obra essencial" sobre os atentados. "Com acesso a milhares de documentos oficiais publicados recentemente, novas entrevistas e a perspectiva de uma década de investigação e reflexão, Anthony Summers e Robbyn Swan apresentam uma visão panorâmica e autorizada do 11 de setembro", comenta a editora.
Ficção e homenagensEntre as publicações, há espaço também para a ficção, por exemplo, com o romance "The Submission", de Amy Waldman, uma ex-jornalista do New York Times que imaginou o que teria acontecido se um júri encarregado de selecionar o projeto para o memorial do Marco Zero tivesse escolhido o trabalho de um arquiteto americano de religião muçulmana.
Também estão saindo pelo menos dois livros de homenagem às vítimas, entre eles "9/11: The World Speaks" (11 de setembro: o Mundo fala, numa tradução literal), que inclui mais de 200 mil mensagens de pessoas de outros países que estiveram no Tribute WTC Visitor Center, que abriu em 2006, em frente ao local onde estavam as Torres Gêmeas.
"The Legacy Letters: Messages of Life and Hope from 9/11 Family Members" (As cartas do legado: mensagens de vida e esperança de familiares do 11 de setembro) compila as homenagens das pessoas aos que perderam a vida nos atentados.
O décimo aniversário dos ataques contra as Torres Gêmeas e o Pentágono serve também para a reedição de obras consideradas fundamentais.Um desses é "The 9/11 Commission Report" (O Relatório da Comissão do 11 de Setembro), lançado pela Comissão Nacional americana de Ataques Terroristas em 2004 e que, em seu momento, fez parte da lista de best-sellers do New York Times. A nova edição inclui um epílogo do diretor da Comissão, analisando as recomendações apresentadas naquele momento pelo grupo de especialistas.
Fonte: http://g1.globo.com/11-de-setembro/

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